O cenário musical em 2020

17/12/2019· Compartilhe linkedin

A popularização do streaming é um dos principais fatores responsáveis pelo crescimento e diversificação do setor de música no país. Graças à diversificação dos estilos nas plataformas de streaming, os brasileiros estão mais propícios a conhecer novos estilos musicais. O mercado se tornou mais atrativo e os artistas se aproveitaram desse artifício para implantar suas próprias tendências musicais. 

As tendências musicais de 2020 já começaram. E, como nada surge do nada, muitas das tendências musicais de 2020 têm sua embasamento nas previsões que feitas para 2019, assim como as que vieram dos anos anteriores. 

Dito isto, vamos ver o que há de novo para o próximo ano. Vem com a gente!

As tendências musicais pra esse novo ano retomam o ponto onde 2019 parou e a mistura de culturas é o ponto de maior atenção. Essa mistura cultural pode ser tida como responsável pelo sucesso estrondoso de gravadoras como 88 Night Market, canais do YouTube como Colors e The Nations, além de surgimentos em todo o mundo, principalmente na África.

Outro indício desse movimento é ascensão da T-Series, uma gravadora e produtora de filmes da Índia para o #1 do YouTube mundial deixando o antigo líder PewDiePie em segundo lugar. Um exemplo de sucesso estrondoso que podemos citar dentro deste mesmo movimento é o hit Old Town Road do rapper Lil Nas X em uma parceria improvável com Billy Ray Cyrus. De fato, a música cultural de todo o mundo continua a produzir novas ondas com tanto sucesso e gerar muito buzz

A dica aqui é: 

Se você é DJ e quiser explorar isso com sua própria música, traga suas próprias raízes culturais. Celebre alguns sons regionais tradicionais. Se sua cidade tem um sabor, use isso para sua vantagem. Outra possibilidade é o colab com artistas de algum lugar distante. 

2020 chega com muitos crossovers de mídia

Não se trata somente de música. As gravadoras fazem muito mais do que apenas música hoje em dia. Os produtos cresceram e agora estão em um catálogo maior do entretenimento à moda.

Onde antes parecia no mínimo estranho que gravadoras como tivessem itens de moda, hoje é praticamente o esperado. No Brasil, um exemplo próximo disso é a FitDance, que já desenvolveu sua linha Fashion Fitness e segue crescendo e recebendo cada vez mais atenção.

Video-games e música, parece comum se você for um jogador, afinal todos os games tem trilha sonora. Mas, e seu disser que essa relação está mudando consideravelmente? 

10 milhões de pessoas assistiram Marshmello se apresentar virtualmente na quinzena de fevereiro de 2019. Em agosto, os gigantes do hard rock, Korn fizeram um concerto no AdventureQuest que contou inclusive com a venda de ingressos para os bastidores. Outro exemplo mais próximo da gente é a parceria de sucesso entre o DJ goiano, Alok, e o battle royale da Garena, o Free Fire. 

Essa tendência para os jogos provavelmente continuará, já que os jogos superaram Hollywood desde 2009 e fizeram muito mais do que filmes e músicas combinados nos últimos oito anos.

O que isso significa para você:

Depois de ter uma boa produção musical, considere formas de entrar na arte, jogos, roupas e eventos. Colabore com pessoas cujos talentos criativos se encaixam nos seus. Licenciar sua música para uso em jogos pode ser uma relação ganha-ganha, os desenvolvedores precisam de música e é uma maneira fantástica de mostrar seus sons para um público cativo.

Como podemos notar, as tendências da música em 2020 não serão somente sobre a música. Também será sobre novas tecnologias e subculturas, caminhando lado a lado. Antes os artistas costumavam receber cartas dos fãs e dar autógrafos, já hoje, eles têm a oportunidade de ter interações muito mais próximas e reais através das redes sociais e outras ferramentas. 

De novo, o que isso significa para você:

A palavra é engajamento. Os artistas independentes de hoje devem absolutamente interagir diretamente com seus fãs. É preciso estabelecer uma relação real de proximidade onde o fã se sinta próximo do artista. 

Este nova geração de fandoms tem os meios de comunicação sociais para consumir seus conteúdo e, até mesmo, colaborar com a produção dele. Com opções de mídias sociais cada vez mais abundantes, agradáveis, íntimas e mais abundantes, os artistas não precisam de intermediação para se conectar aos fãs e isso derruba as barreiras da comunicação.

Tradicionalmente, as gravadoras procuravam talentos, contratavam, pagavam pelo tempo de estúdio, organizavam a criação de material dos álbuns, distribuíam, realizavam apresentações, shows, turnês e administravam fã clubes e até lidavam com marketing e construção de marca.

Esse cenário está mudando e hoje, artistas independentes e experientes gravam a si mesmos, produzem, licenciam suas músicas, enviam para streaming, fazem contatos com fãs diretamente e até criam seus próprios produtos, marcas e sites.

Isso significa que as gravadoras vão morrer? Não. A previsão é que elas passem a buscar por artistas em ascensão que já contem com uma boa base de fãs e invistam nele. Enquanto o artista ainda continuará projetar sua marca e administrar a direção artística.

Mais uma vez, o que isso significa para você:

Muita coisa, na verdade. A palavra aqui é liberdade. A tendência é que as gravadoras saiam da fórmula comercial e deixe o artista mais livre, criativamente falando. Isso não vai ser uma mudança brusca, mas sim um movimento que caminha em direção à isso uma vez que os artistas e produtores caminhem em direção à novos estilos e para longe do exclusivamente comercial.

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