Jovens estão perdendo interesse em baladas?

21/03/2017· Compartilhe linkedin

Tocar em baladas e pubs é uma das principais fontes de renda de muitos DJs. Preparar o material, transportar todo o equipamento, chegar cedo na casa de show, se apresentar e depois preparar para o caminho de volta é uma rotina bastante comum para esse segmento.

Se você faz parte dessa parcela, temos uma notícia que, caso interpretada sem muita análise, pode gerar grande preocupação: de acordo com uma pesquisa, jovens estão perdendo o interesse em baladas! Então, vamos entender melhor o assunto.

Jovens x baladas: a pesquisa

A pesquisa ocorreu em 2016, pelo jornal britânico The Guardian. Jovens entre 18 a 35 anos foram entrevistados e, surpreendentemente, cerca de 70% afirmou que prefere ficar em casa ao invés de frequentar baladas.

As queixas dos jovens foram várias: DJs que fazem “shows para eles mesmos”, bebidas superfaturadas, seguranças agressivos, entre outros. Outra preocupação levantada foi o risco de fotos impróprias serem “vazadas” na rede. Os motivos são vários, todos embasados no que realmente vemos no dia a dia das raves, pubs e baladas mundo (e Brasil!) afora.

E claro, também existem os motivos característicos da geração Y, jovens nascidos entre os anos 80 a meados da década de 90. Com a preocupação cada vez maior quanto a saúde física e mental, ir em ambientes de música alta constante nem sempre se mostra uma alternativa atraente.

 

Seria isso um problema para DJs?

Apesar de estarmos falando de um jornal prestigiado internacionalmente, é importante questionar a qualidade de estudos estatísticos. Afinal, não é porque surgiu um estudo sobre um assunto que os resultados são garantidos de estarem verdadeiros. Tudo depende da forma, e qualidade, dos dados obtidos. A reportagem levanta pontos interessantes, mas sofre de um problema sério de amostragem: apenas 196 entrevistados!

Determinar o comportamento de toda uma geração com base em uma pesquisa feita por menos de 200 pessoas é, no mínimo, um caso de generalização apressada. Contrapondo ainda mais a validade dos dados, estamos falando de uma pesquisa feita em território britânico, realidade cultural distante da brasileira. Para resumir a história: são dados preocupantes, porém bastante questionáveis.

 

O que fazer para reverter o cenário?

Ok, a pesquisa é preocupante. Ok novamente, os dados são questionáveis. Então o que pode se tirar disso tudo?

Por mais improvável que o cenário aparente ser, é preciso considerar a possibilidade de que, talvez não daqui a muito tempo, boates já não tenham um poder tão grande em atrair jovens quanto hoje em dia.

Argumentos interessantes foram levantados na pesquisa. Também vemos em terras tupiniquins ambientes abusivos com DJs tocando para si mesmos. A não ser que você seja dono de um estabelecimento, provocar mudanças na realidade das casas de show é uma tarefa, no mínimo, complexa.

Contudo, você pode fazer a diferença como DJ se você se preocupar com uma única coisa: seu público. Afinal, quem são as pessoas que irão lhe prestigiar? Quais são seus gostos? O que elas não suportam escutar? Essas são algumas perguntas que devem ser feitas em cada oportunidade de show e que, dependendo da resposta, devem levar a alterações. Claro, é preciso ter sua marca no material que você produz, mas não se esqueça de que você está tocando para mais pessoas.

 

Não se esqueça também que um bom show não depende somente de boa música. Equipamentos de qualidade fazem a diferença!

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